sábado, 19 de julho de 2008

O papel da escola

A ESCOLA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e da sociedade amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos (PCNs, 1998). Na escola, durante processos de socialização, a criança tem a oportunidade de desenvolver a sua identidade e autonomia. Interagindo com os amiguinhos se dá a ampliação de laços afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com os adultos. Isso poderá contribuir para o reconhecimento do outro e para a constatação das diferenças entre as pessoas; diferenças essas, que podem ser aproveitadas para o enriquecimento de si próprias.
Através dos estágios podemos analisar todo o desenvolvimento cognitivo das crianças e a partir das aulas práticas podemos vivenciar toda a construção do aprendizado. Desse modo, na escola, criam-se condições para as crianças conhecerem, descobrirem e reconstruírem significados, novos sentimentos, valores, idéias, costumes e papéis sociais. A escola deve dar total atenção à criança como pessoa, que está num contínuo processo de crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e respondendo às suas necessidades.
A atenção recebida na escola reflete na criança, fazendo com que tome consciência do mundo de diferentes maneiras em cada etapa de seu desenvolvimento. As transformações que ocorrem em seu pensamento se dão simultaneamente ao desenvolvimento da linguagem e de suas capacidades de expressão. A criança bem atendida, considerada um cidadão, enquanto cresce se depara com fenômenos, fatos e objetos do mundo; pergunta, reúne informações, organiza explicações e arrisca respostas. Desse modo, ocorrem mudanças fundamentais no seu modo de conceber a vida, a natureza e a cultura. Além de promover a educação da criança, mostrando o correto, muitas vezes a escola terá que propiciar situações para que os pais reflitam sobre seus papéis e atribuições, tendo em vista que seus filhos permanecem mais tempo com os profissionais da escola do que com eles mesmos.
Sendo assim, nós um papel fundamental, pois a formação do cidadão começa na escola, e todas as nossas técnicas devem ser bem utilizadas para que nossas aulas possam ser totalmente proveitosas.
Aline Melo e Carolina Abreu

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Uma Experiência para a Vida

Minha Experiência

Neste ano de 2008, nos meses de maio e junho, tive a oportunidade de estagiar na Escola Municipal Maria Lúcia. Escola em que puder analisar e vivenciar todas as situações que antes eram abstratas pelo simples fato de não conhecer, e apenas poder imaginar como seria devido ao que escutamos indiretamente pelos outros. Estágio esse, que com certeza, lembrarei em muitas situações da minha vida, seja como educadora ou como construtora de conhecimentos e aprendizagens para a vida. Pois foram experiências que deixaram marcas positivas e muitas negativas, mas que foram necessárias para que eu compreendesse o que é a vida de fato.
Na escola como um todo, percebi que há dificuldades em diversos âmbitos, mas também possui uma estrutura que muitas escolas não têm. Fiquei surpresa com alguns recursos da escola, principalmente com as aulas de informática, na qual todos têm acesso à notebooks, e no mundo de hoje, a informática está sendo muito importante, sua utilização já é vista como instrumento de aprendizagem e é bom que desde pequenos eles estejam interagindo com a era tecnológica, o que vai melhorar muito no desenvolvimento. Porém, tenho que ressaltar que o ambiente escolar é bem diferente da realidade que eu estava, pois, é muito conturbado, professoras inquietas, corredores agitados, criança fora de sala, correndo, tirando a atenção de quem realmente quer estudar.
Mas, não se pode generalizar porque também encontramos muitas crianças que são dedicadas às aulas e que estão interessadas em aprender, e também encontramos pais que mesmo não tendo condições de suprir todas as necessidades, fazem de tudo para que seus filhos possam aprender e ter uma boa educação.
Antes de estagiar no Maria Lúcia, já imaginava como seria a realidade da escola, porém, tenho que admitir que me surpreendi um pouco devido a alguns fatos que ocorreram. Tive que realmente vencer barreiras diárias para poder voltar no próximo dia de estágio. Situações que nunca pensei que poderia passar algum dia da minha vida, eu passei. Momentos como criança me chutando, me batendo, cuspindo no meu rosto, me jogando na quina do quadro negro e até tapas no rosto. Não sei descrever como me sentia naqueles momentos, só não acreditava que estava acontecendo comigo, e ainda pior, por levar agressões de criança que nunca tinha visto na minha vida e crianças de cinco e seis anos. Realmente foi difícil de acreditar.
Mas, com o passar do tempo, fui compreendendo o que realmente acontecia. Por isso, acredito que algumas mudanças são necessárias para que esse quadro possa se reverter, pois esses comportamentos acabam prejudicando a todos e principalmente as outras crianças que devido a isto, não conseguem prestar atenção e não se desenvolvem como o esperado.
Apesar de alguns acontecimentos, gostei muito de dar estágio no Maria Lúcia, de poder aprender e ver como a minha presença foi importante, tanto para os alunos como para a professora, que também ensinou, mas aprendeu muito também e se pudesse continuar, não pensaria duas vezes. Gosto de desafios e principalmente de aprender coisas novas, conhecimentos que influenciam na minha identidade, pois, com certeza, não sou a mesma de antes, agora estou muito mais amadurecida e pronta para novas etapas.
Eu tive a oportunidade de estagiar na escola municipal e na privada, já Carolina só pode estagiar no Censa, mas percebemos a diferença de paradigma de cada escola. O ambiente é diferente, toda a estrutura, os recursos, o modo de agir, dentre outros. Porém essa experiência vai ficar marcada na minha vida e também na vida de quem teve a mesma oportunidade.




Aline Melo e Carolina Abreu

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ensinar é aprender


O educador é parte do processo de aprender

Ensinar não é transmitir conhecimentos. O educador não tem o vírus da sabedoria. Ele orienta a aprendizagem, ajuda a formular conceitos, a despertar as potencialidades inatas dos indivíduos para que se forme um consenso em torno de verdades e eles próprios encontrem as suas opções.
A principal meta da educação se processa em torno da auto-realização. Logo, ela propõe a reformulação constante de diretrizes obscuras para alcance dos objetivos, comprometidos com a valorização da vida.
Quando se imagina dono da verdade, rei do currículo, imperador do pedaço, mendiga e se frustra. Quando se apresenta cheio de humildade, de compreensão e vontade de aprender, resplandece e brilha! Os estudantes estão abastecidos por uma carga de informações cuja capacidade de assimilação nem comporta. Podemos observar a troca de conhecimentos através da prática diária nos estágios. Analisamos como a aprendizagem ocorre na educação infantil e como o professor contribui e aprende com essa relação mútua.
Durante todo o semestre, as crianças da escola infantil do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora – CENSA vivenciaram um projeto, no qual, focalizava a Dengue; que hoje está presente em nosso meio. Com o projeto, todas as crianças se envolvem fazendo pesquisas, levando conhecimento para o cotidiano e até para os próprios pais. Durante esse processo de ensino-aprendizagem, percebemos a troca de experiências do professor para com o aluno, em que ambos aprenderam e concluíram o projeto juntos.
Para Fernando Hernández, a proposta do projeto é priorizar a importância do conhecimento social, ou seja, o conhecimento deve ultrapassar “os muros da escola”.
“Quem ama educa, educar é educar-se a cada dia, sem a pretensão de preparar para a vida. O poder de adivinhar o futuro o educador não o possui. Ele orienta, para que, em situações imprevisíveis, se processem alternativas. Educar não é ensinar, é aprender”. (Ivone Boechat)

Aline Melo e Carolina Abreu

Ao Educador


Prece do Educador

Senhor,
Que eu possa me debruçar sobre cada criança, e sobre cada jovem, com a reverencia que deve animar minha alma diante de toda criatura tua!

Que eu respeite em cada ser humano de que me aproximar, o sagrado direito dele próprio construir seu ser e escolher o seu pensar!

Que eu não deseje me apoderar do Espírito de ninguém, imprimindo-lhes meus caprichos e meus desejos pessoais, nem exigindo qualquer recompensa por aquilo que devo lidar de alma para alma!

Que eu saiba ascender o impulso do progresso, encontrando o fio condutor de desenvolvimento de cada um, dando-lhes o que eles já possuem e não sabem, fazendo-os surpreenderem-se consigo mesmos!

Que eu me impregne de infinita paciência, de inquebrantável perseverança e de suprema força interior para me manter sempre sob o meu próprio domínio, sem deixar flutuar meu Espírito ao sabor das circunstâncias. Mas, que minha segurança não seja dogmatismo e inflexibilidade e que minha serenidade seja mormaço Espiritual!

Que eu passe por todos, sem nenhuma arrogância e sem pretensão à verdade absoluta, mas que deixe em cada um, uma marca inesquecível, por ter transmitido alguma sentença de verdade e todo o meu amor!

Dora Incontri

Aline Melo e Carolina Abreu

terça-feira, 8 de julho de 2008

Educamos por aquilo que somos

Somos alunas do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora, cursando o 3° ano de Formação de Professores. E nesta reta final, ultrapassamos barreiras, vencemos os medos, as dificuldades e acima de tudo, construímos a nossa identidade.
Ao decorrer do curso, percebemos que ser educador é aquele que desenvolve as competências para continuar aprendendo, de forma crítica, em níveis mais complexos de estudos. Essas competências são de nível cognitivo, cultural, psicomotor e sócio-afetivo.
E para vivenciarmos na prática, passamos por uma série de desafios que contribuíram para a nossa formação profissional. Práticas essas que construímos dentro da própria sala de aula através de observações e do contato direto com o desenvolvimento dos discentes. Após as observações, criamos as nossas próprias técnicas pelas experiências adquiridas dentro da sala de aula, mas agora, como educadora.
Percebemos que o educador deve ser bastante flexível diante de uma turma com um determinado perfil, já que é inexistente um aspecto fixo e único. Assim, a cada ano estamos convidados a nos adaptar a um ambiente distinto, levando também aos alunos a se organizarem diante de suas propostas. E essas mudanças de perfil são necessárias já que o professor é encarregado de abordar um “novo mundo”, no qual exige maturidade e desenvolvimento para ser apto a assimilar as novas características.
Além de nossas experiências no ambiente escolar, ainda vivenciamos aprendizagens através de um trabalho de conclusão de curso, no qual, abordamos a Violência e a Exclusão no cenário educativo. Experiências essas, que fortalecem nossa visão de mundo, e construção de sujeitos ativos e críticos perante uma sociedade tão deficiente de recursos físicos, sociais e humanos.
Sendo assim, estamos concluindo este ano, com muitas perspectivas pessoais e profissionais, pois tivemos a oportunidade de vivenciar grandes situações que nos amadureceram, que concerteza nos tornaram grandes educadoras e que nascemos para um novo mundo.

“ O estudo da gramática não faz poetas.
O estudo da harmonia não faz compositores.
O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas.
O estudo das ciências da educação não faz educadores.
Educadores não podem ser produzidos.
Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer.
Para isso eu falo e escrevo: para que eles tenham coragem de nascer...”
Rubens Alves

Aline Melo e Carolina Abreu